quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Estreou Lua Nova.

ESTREOU ‘LUA NOVA’
e aumentou o preço do ônibus...

" - Esta não é uma crítica ao cinema... Só uma crise de ciúmes!"

O trânsito está horrível... Estreou LUA NOVA!
O teatro ainda está em reforma... Estreou LUA NOVA!
O preço do ônibus aumentou... ESTREOU LUA NOVA!

O ônibus ficou mais caro... R$ 2,40! O caminho da minha casa até a escola tem 10 quilômetros; o caro da minha mãe faz 12 quilômetros com 1 litro de gasolina; o litro da gasolina custa R$ 2,25; conclusão: vamos de carro pra escola! Mas se todo mundo for, polui mais a cidade... o trânsito piora nos horários de pico... Pensando bem, e quem não tem carro? Bom, e daí?! Estreou LUA NOVA!!!

Quem não pode pagar, talvez não saiba, mais o aumento é inconstitucional! Deveria haver um aviso prévio... talvez uma consulta a alguns representantes do povo, enfim – é injusto! Onde aprendi isso? Na escola – particular. Meus colegas? Foram sim convidados a refletir sobre tomar uma atitude... mas aí estreou LUA NOVA!!!

Confortáveis indo ao cinema, alguns nem se lembram de dar atenção aos problemas da cidade. Meu avô insiste em dizer que, muitas vezes, não consegue acompanhar o ritmo do PROGRESSO – pelo menos ele pode dirigir em Taubaté, está acostumado às lombadas. E minha tia que adora flores?! Acho que só eu estou incomodado com o trânsito...

Pros que AINDA não se incomodam: “Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma flor do nosso jardim e não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, Já não podemos dizer nada.”
De novo: e daí?! No cinema tem que ficar quieto mesmo! (No teatro também, avisem seus filhos...)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Uma crítica a voce e a mim!

Caro colega,

se estou lhe mandando este email é porque, em algum momento de nossa
convivência, acreditei que você se interessaria pela ideia que
proponho a seguir. Peço que leia com atenção todo o texto que segue e
que, ao término, me responda dizendo sinceramente o que pensa a
respeito, críticas e sugestões.


Revisando meus pensamentos na tarde passada, cheguei a conclusão de
que, não sem motivo, considero a minha própria geração demasiadamente
alienada a respeito de assuntos políticos, econômicos, culturais,
religiosos, polêmicos enfim.


Considero, do fundo da minha mente e coração, com enorme tristeza, uma
juventude de velhos. De pessoas que se acomodam, enquanto deveriam
lutar; que se calam, quando deveriam gritar; e que aceitam
passivamente ao passo em que, acredito, poderiam reivindicar muito
mais.

Eu sou um destes. E você também. Muitas vezes discutimos assuntos que
são sim de interesse nacional mas, na esmagadora maioria das vezes (eu
diria todas, mas não poderia me recordar com clareza de todas as
nossas conversas) a conclusão foi a mesma: "O Brasil é foda!"; "Agora
é ver no que vai dar"; "Isto é injusto!". Isto nunca será uma
conclusão.


Posso ter perdido o juízo mas, por algum motivo, acredito piamente
que, se chegamos a uma conclusão neste tipo de discussão nós fizemos
valer a nossa vontade ( e isso inclui ação) ou então mudamos de ideia.
O fato é que encerramos nossas discussões nos dando por vencidos!
Vítimas do sistema! Não agimos! Nossas ideias não saem do papel! Se
aumentam o preço do ônibus ouvem-se alguns comentários mas, no final,
papai paga um pouco mais "Fazer o que, né?! Se pretendem impedir
menores de sair às ruas após a meia noite, nesse caso nem murmúrios se
ouve. É um assunto desconhecido. Vamos saber dele quando não tiver
como voltar atrás. Quando for definitivo. Quando tiverem tomado a
decisão por nós. Nossa vida mais uma vez manipulada!


Caros amigos, a raiva que sinto nesse momento de mim e de cada um de
vocês é enorme. Gostaria de berrar nos ouvidos de cada um e nos meus
próprios, mas não vou. Vou tentar de outra maneira. Vou propor uma
ideia. Ainda acredito nas ideias.


Eu os convidaria solenemente fosse esta a necessidade, mas não é.
Gosto de pensar que é também de seu interesse mudar tudo. Melhorar o
mundo, por que não?! E por isso uso apenas um texto medíocre,
desatento às normas gramaticais, preso, no entanto, hirto, fixo ao
conteúdo. Espero que me entendam.


Eis, enfim, o que pensei para mudar: criemos um grupo de discussão!
Sim, mais discussões. Mas um grupo comprometido com a prática,
comprometido com o reconhecimento de seu próprio valor na sociedade,
com seus principios!


Este grupo na ideia original que tive deveria levar suas conclusões às
casas públicas. Publicar em jornais. Escrever artigos e atingir os
diversos meios com suas ideias para que se difundam, para que os
demais se identifiquem e se politizem.


Não estou fundando um partido político! Muito menos me filiei a algum.
É uma ideia sem pretensões particulares.


Peço sua ajuda! Me diga como levar isto a cabo. Como criar este grupo.
Dentro ou fora da escola? Deveriamos ter reuniões? Deveriamos?
Deveriamos?
.....
A raiva ardente é infelizmente passageira em todos nós. E, quando ela
se vai, nossos próprios princípios parecem não valer a pena. Deixemos
como está!
.....
Se estiver certo, eu escrevi até demais. Confio em vocês. Confio que,
na verdade, não precisariam ler tanto para reconhecer esta realidade.
Mas o fiz e não volto atrás.


Aguardo ansiosíssimo por respostas. Por xingamentos. Por oposição ou alianças!
PEÇO DESESPERADAMENTE QUE, AO MENOS, NÃO DEIXEM DE EXPRESSAR ALGO!

--
Yagho Toledo

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Relembrando

Quando vi a imagem do dia de hoje fiquei realmente assustado. Imediatamente minha memória remeteu-se aos tempos em que lojas, casas, e mais tarde até as roupas de judeus eram marcadas com a estrela de Davi para facilitar a identificação destes por parte dos Nazistas da Segunda Guerra.


De fato a situação é diferente. Desta vez os israelenses (judeus, em sua maioria) é que estão, pelo menos por enquanto, em posição de ataque. No entanto, a desacordo diplomático entre o governo de Israel e outras potências mundiais (o único voto contra uma drástica atitude contra Israel na conferência da ONU foi do Canadá) somado aos novos conflitos fronteiriços com o Líbano mostram que a situação está se agravando e mais uma vez agravam-se as diferenças culturais entre os povos.


A manifestação retratada naquela imagem foi justificada com o argumento de que o dono daquela marca, Howard Schultz, é um dos pilares do lobby judeu nos EUA que doa, anualmente, mais de 10% de seus lucros para o exército israelense. Certamente, no entanto, a manifestação foi movida por racismo e intolerância - assim como toda essa guerra.


Apenas para lembrarmos, deixo uma imagem da cruz amarela formado por dois triângulos amarelos que eram, obrigatoriamente, fixados nas roupas de judeus e judias nos guetos e campos de concentração.


Não deixemos que tudo se agrave como antes. Em casos como esses a vítima é sempre a mesma: a humanidade.

Escrito por Yagho Toledo às 09:24h